"O homem moderno rejeita a religião, mas tem saudades dela."

"É muito dificil definir o âmbito da enfermidade do homem moderno, já que está além de nossas categorias humanas. Trata-se "de um terreno vago, uma espécie de 'terra-de-ninguém', da qual não se sabe ao certo se pertence à medicina, à psicologia oua à religião". E na sociedade atua,l quem vier a sofrer deste mal dificilmente encontrará o terapeuta universal de que precisa."

"Mitos e Neuroses - Desarmonia da vida moderna" foi o primeiro livro que eu li. Eu tinha 14 anos e estava começando a me interessar por teologia.

Lembro que eu peguei o livro emprestado na biblioteca do Grito, tinhamos acabado de comprar uma remessa de livros da editora Ultimato.

Hoje estou reelendo "Mitos e Neuroses" e ainda me impressiona o fato de ler um livro escrito em 1947 e saber que ele é mais pertinente hoje do que na época em que foi escrito.

Paul destaca dois mitos modernos:

1°) O mito do progresso:

"O mundo moderno substituiu um "mito bíblico" - o de que o homem acha-se privado de seu destino por causa de sua desobediência, e que foi redimido por um Deus que deu a sua vida para reconduzi-lo de volta a si - por um outro mito, o do progresso. É o mito de que o homem surge por acaso da matéria inerte e progride lentamente, por seus próprios meio, em direção à perfeição."

2º) O Mito do poder;

"A teoria do mundo que herdamos de Darwin é, assim, mais uma bela novela do que uma obra científica."

"Como resultadoda corrida ao poder, o mundo moderno só encontra desarmonia. Quem recebe honras na atualidade? Os desportistas, os tribunos, os ricos, os cientistas. Nunca o homem equilibrado, o humanista do Renascimento, mas aquele que desenvolveu em excesso a qualidade especial que possui."

Pretendo adquirir novos livros em breve, e vou incluir mais livros de Paul Tournier.

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