Hoje eu estava pensando sobre o papel do teólogo-cristão e na pregação do evangelho. Lembrei das palavras de David Bosh “As pessoas não carecem só de verdade (theoria) e justiça (práxis); elas necessitam igualmente de beleza (poiesis)”. E concorda com Niebuhr “O amor requer mais que justiça”. Em verdade, o amor significa mais que a verdade. Entre a fé a esperança e o amor, o amor é o maior – mas não pode ser divorciado da fé e a esperança.

Júlio T. Zabatiero, citando José Comblin diz que “o teólogo é o homem da comunicação na igreja”. O teólogo é um homem que, sendo formado ou não, comunica o evangelho as pessoas.

Esclarecendo a diferença entre “teólogo” e “PhD”, “santo” e “sábio”, Ricardo Barbosa pergunta: “Quem é o verdadeiro teólogo? Aquele defendeu uma brilhante tese de doutorado, escreveu o melhor livro, estudou nas melhores escolas ou aquele que, em Cristo, dá sentido à vida confusa e desestruturada das pessoas?” E ainda nos lembra “Jesus era um santo, um sábio, um mestre, um mentor”.

O verdadeiro teólogo vive na tensão criativa entre a fé, esperança e o amor. É um homem/mulher sábio que com sua vida conduz pessoas das águas agitadas para as águas calmas, tranqüilas. O teólogo deve ser um sábio, pregador do evangelho, não um arrogante que fica por “A” + “B” tentando dizer o que de fato é a verdade e com isso gerar temor ao mundo, pelo contrário, como disse Gustavo Gutiérrez “evangelizar é comunicar alegria”.

Pra mim, o que realmente importa na teologia é a pregação do evangelho que transmite uma mensagem positiva; é oferecer ao mundo uma esperança para que nos alimente em meio ao caos em mundano que vivemos. O teólogo, portanto, deve ser simples em sua fala e no seu modo de vida, porque a teologia existe além dos livros, sobrevive no cotidiano e se fortalece na comunidade. É a esperança que temos, que alimentamos, acreditamos e que deixa a vida mais bela.

2 comentários:

Salve salve André...

ótimo post...

E acresentaria dizendo em paráfrase no grande Barth, que Teólogo que é Teólogo deve em sua labuta reinterpretar a realidade que nos circunda por meio da fé da/nas escrituras de um lado, e o jornal do outro, pois é na realidade do cotidiano e não nos castelos de marfim, que a simplicidade dessa teologia faz sentido.

abraço fraterno ...

'linkarei' vc no meu blog

Robinson

Robinson


Ótimo comentário!!!